top of page

Propaganda, Cultura e Entretenimento em Portugal na primeira metade do século XX.

O século XX assistiu a profundas mudanças sociais, culturais e tecnológicas. Invenções como a lâmpada, o automóvel e o telefone,  no final do século anterior, mudaram o quotidiano das pessoas e teriam grande impacto nas décadas seguintes. Este progresso tecnológico prosseguiu na 1ª metade do século XX, a par de grandes mudanças no cenário político global. A concentração da população europeia nos grandes centros urbanos, a generalização do ensino e o desenvolvimento exponencial dos meios de comunicação fizeram surgir um novo tipo de cultura: a cultura de massas. Tornada um bem industrial, seguindo um modo de produção estandardizada, gerando um consumo maciço de bens culturais, a cultura de massas transmitiu valores e modos de estar que se impuseram como padrões culturais homogéneos.

 

Também as novas formas de organização do trabalho geraram mudanças, possibilitando um aumento do tempo de lazer disponível dos trabalhadores e permitindo que a relação dos indivíduos com o entretenimento sofresse alterações significativas nesta primeira metade do século, em particular graças a dois meios de comunicação: a rádio e o cinema.

 

Mas os meios de comunicação de massas serviram não só para informação e entretenimento mas também como poderosos meios de propaganda política. Com efeito, a primeira metade do século XX foi marcada pela ascensão e consolidação de governos que utilizaram os meios de comunicação, a educação e a produção cultural como instrumentos de propaganda para difundir a ideologia oficial e conquistar o apoio das massas. A propaganda política, entendida como fenómeno da sociedade e da cultura de massas, adquiriu enorme importância nas décadas de 1920 a 1940, transformando ideias e conceitos em imagens, símbolos, mitos e utopias transmitidos pelos meios de comunicação.

ORGANIZAÇÃO.

Pedro Russo Moreira (INET-MD) e Carla Ribeiro (InED/ESEP e CEPESE/UP)

 

bottom of page